Dos Objectivos Individuais do José Luiz Sarmento, em http://legoergosum.blogspot.com/, retirei algumas frases que primam pela sensatez e que, de alguma forma, ridicularizam quem inventou todo este modelo de avaliação do desempenho dos docentes.
a) item: Melhoria dos resultados escolares dos alunos
“Criar condições para que os meus alunos baixem a sua taxa de insucesso, caso queiram e possam, nas disciplinas que lecciono, de x% para <x%, e abster-me de qualquer acção que lhes impossibilite ou dificulte essa redução. (…)”
b) item: Redução do abandono escolar
“Não está ao alcance do professor influenciar por acção o abandono escolar. Pode, porém, influenciá-lo por omissão. Consequentemente, pretendo:
- Abster-me em relação a qualquer aluno de qualquer acto hostil que não tenha cobertura legal e não decorra de necessidades disciplinares.
- Proteger os alunos, na medida das minhas capacidades e poderes legais, contra actos hostis de terceiros que os possam levar a criar aversão ou medo à escola, nomeadamente: procedendo a averiguações e instruindo processos disciplinares contra alunos disruptores conforme me seja solicitado.”
c) item: Apoio à aprendizagem dos alunos com dificuldades
“Distinguir claramente entre, por um lado, os alunos que não querem aprender e não são incentivados a isso pelas famílias, e por outro os alunos que tentam mas não conseguem. De entre estes, distinguir entre aqueles cujas dificuldades se devem a circunstâncias que exigem intervenção especializada fora da competência do professor e os que podem efectivamente ser apoiados com recurso a práticas docentes. (…)”
d) item: Participação nas estruturas de orientação educativa e nos órgãos de gestão da escola
“Participar em todas as reuniões de departamento que não sejam convocadas apenas para cumprir calendário. Estudar previamente os assuntos constantes da ordem de trabalhos de modo a avaliar se se justifica ou não a minha participação e de modo a poder, caso ela se justifique, participar produtivamente. (…)”
e) item: Relação com a comunidade
“Em meio urbano, um professor do 3º ciclo do ensino básico ou do ensino secundário que não seja director de turma relaciona-se com a comunidade por intermédio da sua relação com os alunos. Não pretendo frequentar cafés nem inscrever-me em colectividades nas zonas de residência dos meus alunos. Estarei, contudo, disponível para participar em reuniões com os pais que sejam convocadas pelos directores de turma. Se a escola me fornecer um telemóvel de serviço, darei o número a todos os meus alunos para que eles ou os pais possam contactar comigo dentro de um horário a estabelecer. (…)”