Comentário:
“Mas ainda não perceberam que temos um sistema de ensino realmente medíocre e que qualquer medida com intenção de melhorar não pode resultar em pior ensino? Senhora ministra, ponha as medidas em prática, que agradar a todos os gregos e a todos os troianos não é de todo possível. Premeiem o mérito, avaliem com justiça, que os resultados tardarão, mas vão aparecer. Com a balda a que temos assistido, não queremos conviver mais, não é próprio da UE. Mas, por favor, resistam à tentação de orientar os resultados só para as estatísticas, porque essas contam a história que quisermos. Boa sorte, ela costuma proteger os audazes. Saudações.”
CM, Lisboa
Esclarecimento:
Já toda a gente percebeu que temos um sistema de ensino realmente medíocre. Ou talvez não tanto. Tem grandes falhas e compromete o futuro e a competitividade do país, isso sim. Permita-me discordar: as medidas com intenção de melhorar podem, de facto, resultar em pior ensino! Podem, se quem as inventa não faz ideia do que está a fazer! Podem, se quem as inventa não sabe o que é uma escola, o que é uma turma de alunos, o que causa o insucesso e o abandono. Podem, se, tal como apontou, inventa as medidas numa perspectiva de “orientar os resultados só para as estatísticas”. Premiar o mérito é louvável, mas fazer de conta que sim, é que não. Avaliar com justiça, claro que sim, mas avaliar injustamente, com parâmetros pouco claros e muito suspeitos, é que não. De facto, não é próprio da UE a balda que se está a instalar no ensino em Portugal. Pior que a balda, é a farsa declarada e pública. Caminhamos a passos largos para um pior ensino, em Portugal. Pena que a sociedade portuguesa seja feita de cegos, em vez de gente com olhos na cara. Cegos, surdos, mudos e completamente esquecidos.