Afinal, a escalada não foi de 700 lugares, mas 900. A senhora é que se tinha enganado. Eu bem que tinha a ideia que no ano passado a coisa tinha sido muito negra. Andei à procura de uns ficheiros com os rankings do ano passado e… zás! Um salto de 900 lugares.
Já que andava à procura dos rankings de 2008, aproveitei a onda e tropecei nos de 2007. Não me lembrava de nenhuma desgraça em 2007 e senti curiosidade sobre o percurso 2007-2009.
Ora, em 2007, estávamos sensivelmente na mesma posição que em 2009. Os exames de 2008 é que foram o descalabro, tropeçámos e caímos 900 lugares. Este ano, voltámos à “normalidade”.
Toca a fazer um apelo à memória e analisar que tipo de alunos tínhamos em 2007 e que tipo tínhamos em 2008, que pudesse estar relacionado com tamanho solavanco.
Assim sendo, em 2007 tínhamos quase uma dezena de alunos com perspectivas de prosseguirem estudos por aí fora até uma faculdade de medicina ou uma engenharia, ou algo apetecível. E tinham notas a condizer. Depois sobravam uns quantos mais apáticos e outros virados mais para as gajas e os gajos e as motas e uns biscates numa qualquer gelataria na Alemanha. Mas havia um corpo de alunos a sério.
Em 2008, haveria qualquer coisa como uma meia dúzia de alunos com algum esbatido interesse em prosseguirem estudos no secundário e no ensino superior, mas, infelizmente, eram o produto acabado de um 3º ciclo altamente perturbado por colegas malucos. Ou seja, não havia um único aluno que pudéssemos considerar “bom”. À escolha, havia “mediano”, “fraco” e “nulo”. O resultado, pois claro, foi uma queda de 900 lugares.
Em 2009, voltámos a ter um corpo de alunos com perspectivas de prosseguimento de estudos, blá, blá, blá, e o resto já se sabe.
Ou seja, na prática, não trepámos 900 lugares no ranking. Na prática, tivemos foi a prova mais que evidente de que são os próprios alunos e os respectivos pais que condicionam o sucesso, e não outros factores como os professores, os apoios, a escola, o dinheiro, e tal, e tal, e tal...