“Na verdade, mais importante do que os programas é a sua aplicação e transparência: a possibilidade de acompanharmos o que é decidido, porquê, por que valores e com que finalidade. Ora isso em Portugal nunca acontece.
A avaliação dos professores é exemplar. Todos os partidos dizem coisas que, na verade, não querem dizer coisa nenhuma. O PS fala em "consolidar", o PSD em "suspender" o sistema. O que os dois dizem é óbvio e previsível. Mas eu gostava de saber era porque é que se escolhe o modelo A e não o modelo B de avaliação, com base em que experiência, quem monitoriza a sua aplicação, com que regras e consequências. Duvido sinceramente que isso vá acontecer.” (…)
Valores? Finalidades? No caso da avaliação dos professores, não há valores… apenas finalidades! Bem se viu, pela fantástica quebra nas despesas com vencimentos no Ministério da Educação.
Não houve experiência de modelo algum. Muito provavelmente, não interessaria experimentar.
A monitorização é fácil: está tudo a correr com tranquilidade.
Regras e consequências? Pois sim! As regras ditaram que grande parte dos professores com mais de 18 anos de docência pudessem ser promovidos por critérios puramente administrativos, tendo, como consequência, que não lhes fosse reconhecida qualquer autoridade para coordenarem e avaliarem.
Também duvido que alguma coisa seja bem feita.