Há poucos dias atrás, foram publicadas as alterações ao Estatuto do Aluno. Pelo que foi dado a entender, não foi um estatuto novo, mas, tão só e apenas, a reformulação do que já existia. Um dos capítulos polémicos, se assim se pode dizer, foi o das faltas dos alunos e as suas consequências. Sectores da sociedade mostraram publicamente a sua indignação, quando confrontados com a possibilidade de as faltas dos alunos serem irrelevantes. A ministra e a sua equipa cederam na redacção, num patético gesto de boa vontade, e, aparentemente, as faltas têm consequências para os alunos. Aparentemente. Mas, só aparentemente! À socapa, a ministra deu ordens claras às estruturas sob a sua tutela para que se borrifem todos nas faltas dos alunos. Não existem, pura e simplesmente. Marcam-se, registam-se, porque é de lei, mas não se vai mais além disso. Mais concretamente, um aluno fora da escolaridade obrigatória que ultrapasse o limite de faltas permitido no Estatuto do Aluno, é mantido na escola, tendo esta ordens para ignorar as faltas, com base em nenhum suporte legal. Apenas a vontade da senhora ministra, de que assim seja. Amén!