ESCOLAS VAZIAS EVIDENCIAM NÚMEROS
Nas escolas que o CM ontem visitou na zona de Lisboa a adesão era maciça. Na EB 2,3 Marquesa de Alorna, só dois docentes em 30 compareceram de manhã, o que significa uma adesão de 93 por cento. Na Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, os níveis foram idênticos: em 52 professores só quatro deram aulas. 'É uma adesão semelhante à da última greve', disse ao CM a presidente do conselho executivo, Isabel Legué.
Mesmo, ao lado, na Fonseca Benevides, os corredores da escola vazios indiciavam uma grande adesão. A líder do conselho executivo recusou revelar números mas uma funcionária confidenciou que a adesão andava na ordem dos 90 por cento. Já a EB 2,3 de São Julião, em Oeiras, decidiu encerrar. 'Em 36 docentes 29 fizeram greve e decidimos que não havia condições para manter a escola aberta', disse Maria Teresa Soares, presidente do conselho executivo.
Não percebi muito bem a presença do “ontem” no início do texto, mas, deve ser mais uma modernice jornalística à portuguesa.
O certo é que ainda há alguma comunicação social a dar um arzinho da sua graça, procurando, de forma muito discreta e sem ondas, confrontar as evidências físicas com as clarividências políticas.
A bem dizer, e digo-o, depois daquela farsa com o Estatuto do Aluno (leia-se o despacho dominical depois dos ovos), não tenho, pessoalmente, qualquer razão para acreditar no que quer que seja que venha assinado (ou não) pelo punho de qualquer um dos elementos do fantástico trio ministerial. Para todos os efeitos, não reconheço uma pinga de honestidade naquelas mentes.
Por estas e por outras, estou também em greve, como protesto.