Terça-feira, 28 de Julho de 2009

Deve ser brincadeirinha…

Hoje recebemos, da nossa respectiva Equipa de Apoio às Escolas, uma mensagem urgentíssima: irmos, com urgência, à sede da EAE buscar computadores Magalhães, para, depois, os distribuirmos, com idêntica urgência, aos respectivos encarregados de educação. Até ao final da primeira semana de Agosto.
 
Deve haver um prazo qualquer que interessa a “alguém” que seja urgentemente cumprido, sabe-se lá se por motivos eleitoralistas. Ao ponto de tomarem as direcções das escolas por moços de recados e estafetas.
 
Estou farto de tanta palhaçada!...
publicado por pedro-na-escola às 18:21
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Segunda-feira, 27 de Julho de 2009

Os crentes da modernização

Excerto do Público online, 27 Julho 2009
 
"Muitas vezes entregaram-se neste país mais de 40 mil computadores por semana. Ao longo destes últimos dois anos, em média, foram distribuídos cerca de dois mil computadores por dia. Ao contrário de outros programas, este teve sucesso porque o Estado envolveu-se nesta ambição com os operadores. Houve uma concertação estratégica", sustentou o primeiro-ministro. Neste ponto, Sócrates aproveitou para deixar críticas indirectas à forma como algumas forças da oposição encararam esta parceria entre Estado e empresas na distribuição de computadores.
 
"Um milhão de computadores distribuídos, isto é obra! E que incompreensões tivemos de enfrentar e que obstáculos e que críticas. Dois anos depois, temos o orgulho de dizer que este país é o primeiro do mundo onde todas as crianças que frequentam o primeiro ciclo do Ensino Básico têm acesso ao computador", afirmou. Sócrates defendeu ainda que o programa de distribuição de computadores "foi um factor de igualdade de oportunidades".
 
"Se todos tiverem acesso às tecnologias de informação, significa que estamos a modernizar o país sem deixar ninguém para trás", advogou o líder do executivo.
Na sua intervenção, José Sócrates referiu-se também aos resultados do programa Novas Oportunidades.
 
"Um dos sinais de esperança para este país resulta de ter 900 mil inscritos num programa de valorização das suas qualificações pessoais. Podíamos nada ter feito e esperar por uma próxima geração mais qualificada. Mas isso seria um erro, porque Portugal precisa desta geração qualificada", declarou.
 
Afligem-me os disparates que este homem deita cá para fora. Mas, causa-me maior aflição saber que milhões de portugueses podem escutá-lo e, mercê da ausência de algum espírito crítico, podem, de facto, acreditar que o que ele diz faz sentido…
 
"Se todos tiverem acesso às tecnologias de informação, significa que estamos a modernizar o país sem deixar ninguém para trás" – Ter acesso a tecnologias não significa modernizar. Modernizar é usar as tecnologias em proveito da produtividade. Teclar no MSN, ver vídeos no Youtube, jogar e navegar no hi5, não tem nada que ver com modernização. É puro lazer, escandalosamente patrocinado pelo Estado. Oferecer computadores a todos os trabalhadores de uma serração é o mesmo que pintar as paredes e não é o mesmo que modernizar o país. Tristes os que acreditam que sim…
 
"Um dos sinais de esperança para este país resulta de ter 900 mil inscritos num programa de valorização das suas qualificações pessoais– Sinal de esperança seria 900 mil alunos a finalizarem o 9º ano através do percurso regular, adquirindo as competências e os conhecimentos esperados. Valorizar “qualificações pessoais” através de um programa com um nome pomposo não vai elevar o nível cultural do país, nem ajudar ao seu desenvolvimento nem aumentar a produtividade. Tristes os que acreditam que sim…
 
Podíamos nada ter feito e esperar por uma próxima geração mais qualificada– A próxima geração vai ser mais qualificada? Só em sonhos! Será, apenas, mais “qualificada”. Cada vez há mais alunos a entrarem em percursos alternativos (PCA e CEF) no ensino básico, pois é a forma de, baixando o grau de exigência, conseguir contribuir positivamente para as estatísticas, isto é, conseguir que praticamente todos os alunos acabem o ensino básico. Mas, convém relembrar que um aluno que acabe o ensino básico através de um PCA ou de um CEF não tem as mesmas capacidades, competências e conhecimentos que um aluno que siga um percurso regular. Portanto, na prática, a próxima geração será, de facto, mais “qualificada” no papel, mas cada vez menos qualificada para o mundo real. A abundância de diplomas conseguidos sem o esforço respectivo não é sinal de maior qualificação. Tristes os que acreditam que sim…
publicado por pedro-na-escola às 13:45
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Sexta-feira, 24 de Julho de 2009

Diferenciação sem nexo

Hoje lia-se assim no Público online:
 
“Este processo, apesar de difícil, conflituoso e turbulento, chegou a resultados positivos. A avaliação é hoje um facto incontornável nas escolas, a progressão deixou de ser automática e há uma diferenciação dos professores. Nada disto existia”, afirmou a ministra.
 
A senhora Ministra da Educação consegue fazer-me espumar…
 
1. “A avaliação é hoje um facto incontornável nas escolas” – Pois, é um facto que se fala muito na avaliação de desempenho nas escolas. Não é que funcione, mas fala-se nela. Não é que tenha nexo, mas fala-se nela. Não é que seja uma coisa séria, mas fala-se nela. A avaliação é uma espécie de tema de conversa de café, nas escolas, de facto.
 
2. “a progressão deixou de ser automática” – Alguma vez foi automática? Sempre me lembro de ver todos os colegas preocupados com os créditos de formação, para poderem progredir. Aliás, lembro-me bem de uma fase da minha vida em que as coisas me corriam menos bem, e, tendo-me atrasado quase um ano a fazer o relatório crítico, esse foi o tempo que perdi para sempre na progressão da minha carreira. Automática, o tanas!
 
3. “há uma diferenciação dos professores” – Há, sim. Diferenciam-se os podres e os desavergonhados, por exemplo. Os que se aproveitam de um modelo-faz-de-conta mal concebido e de uma maioria de professores a recusarem-no, para tentarem, qual oportunidade única na vida, obter uma classificação de Muito Bom ou Excelente. Assim aconteceu na minha escola, com uma professora egoísta e de mau feitio, que conseguiu o Muito Bom. Ninguém lhe reconhece qualidades ou virtudes, antes pelo contrário, sempre com o seu egoísmo acentuado.
 
Este modelo-faz-de-conta tem destas coisas. Uma professora que nem sequer empresta materiais pedagógicos aos seus colegas e não sabe trabalhar em equipa, obtém um Muito Bom. Uma professora que é uma nódoa em todos os aspectos, chega a professora titular e, consequentemente, avaliadora. Enfim, é só farsas.
publicado por pedro-na-escola às 19:27
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Quinta-feira, 16 de Julho de 2009

Tabelas para o povo labrego 4

 

Tabela 4 - Ordenação por rendimento mínimo

 
GDP
Min $
Max $
 Luxembourg
99104
93 851,5
163 125,2
 Norway
81595
57 361,3
75 149,0
 Denmark
49182
49 526,3
58 575,8
 Iceland
69063
47 239,1
60 015,7
 Germany
38275
46 925,2
80 033,0
 United Kingdom
42098
46 181,5
78 344,4
 Belgium
41730
45 944,7
79 746,0
 Finland
44098
45 861,9
62 795,6
 Netherlands
43320
41 284,0
82 827,8
 Austria
45292
40 762,8
86 371,8
 Sweden
48392
39 391,1
54 199,0
 Spain
29626
39 254,5
55 578,4
 France
39727
31 503,5
74 408,7
 Italy
35992
25 986,2
40 778,9
 Slovenia
20616
23 378,5
33 336,1
 Greece
34074
22 148,1
38 367,3
 Cyprus
28161
20 473,0
44 832,3
 Portugal
19115
18 598,9
53 999,9
 Hungary
13178
8 934,7
19 806,5
 Malta
17121
8 115,4
9 707,6
 Czech Republic
12304
6 594,9
11 135,1
 Estonia
9112
4 683,6
6 888,7
 Turkey
4689
4 642,1
5 636,2
 Slovakia
8905
4 452,5
6 429,4
 Poland
8982
3 323,3
14 604,7
 Latvia
4744
3 254,4
3 368,2
 Lithuania
7253
3 111,5
4 569,4
 Romania
3212
1 985,0
4 072,8
 Bulgaria
3347
1 877,7
2 329,5

publicado por pedro-na-escola às 23:37
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Tabelas para o povo labrego 3

 

Tabela 3 – Ordenação por rendimento máximo

 
GDP
Min $
Max $
 Luxembourg
99104
93 851,5
163 125,2
 Austria
45292
40 762,8
86 371,8
 Netherlands
43320
41 284,0
82 827,8
 Germany
38275
46 925,2
80 033,0
 Belgium
41730
45 944,7
79 746,0
 United Kingdom
42098
46 181,5
78 344,4
 Norway
81595
57 361,3
75 149,0
 France
39727
31 503,5
74 408,7
 Finland
44098
45 861,9
62 795,6
 Iceland
69063
47 239,1
60 015,7
 Denmark
49182
49 526,3
58 575,8
 Spain
29626
39 254,5
55 578,4
 Sweden
48392
39 391,1
54 199,0
 Portugal
19115
18 598,9
53 999,9
 Cyprus
28161
20 473,0
44 832,3
 Italy
35992
25 986,2
40 778,9
 Greece
34074
22 148,1
38 367,3
 Slovenia
20616
23 378,5
33 336,1
 Hungary
13178
8 934,7
19 806,5
 Poland
8982
3 323,3
14 604,7
 Czech Republic
12304
6 594,9
11 135,1
 Malta
17121
8 115,4
9 707,6
 Estonia
9112
4 683,6
6 888,7
 Slovakia
8905
4 452,5
6 429,4
 Turkey
4689
4 642,1
5 636,2
 Lithuania
7253
3 111,5
4 569,4
 Romania
3212
1 985,0
4 072,8
 Latvia
4744
3 254,4
3 368,2
 Bulgaria
3347
1 877,7
2 329,5

publicado por pedro-na-escola às 23:35
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Tabelas para o povo labrego 2

 

Tabela 2 – Ordenação por vencimento máximo dos professores, em %

 
GDP
Min %
Max %
 Portugal
19115
97,3
282,5
 Germany
38275
122,6
209,1
 Netherlands
43320
95,3
191,2
 Belgium
41730
110,1
191,1
 Austria
45292
90,0
190,7
 Spain
29626
132,5
187,6
 France
39727
79,3
187,3
 United Kingdom
42098
109,7
186,1
 Luxembourg
99104
94,7
164,6
 Poland
8982
37,0
162,6
 Slovenia
20616
113,4
161,7
 Cyprus
28161
72,7
159,2
 Hungary
13178
67,8
150,3
 Finland
44098
104,0
142,4
 Romania
3212
61,8
126,8
 Turkey
4689
99,0
120,2
 Denmark
49182
100,7
119,1
 Italy
35992
72,2
113,3
 Greece
34074
65,0
112,6
 Sweden
48392
81,4
112,0
 Norway
81595
70,3
92,1
 Czech Republic
12304
53,6
90,5
 Iceland
69063
68,4
86,9
 Estonia
9112
51,4
75,6
 Slovakia
8905
50,0
72,2
 Latvia
4744
68,6
71,0
 Bulgaria
3347
56,1
69,6
 Lithuania
7253
42,9
63,0
 Malta
17121
47,4
56,7

publicado por pedro-na-escola às 23:33
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Tabelas para o povo labrego 1

Com base nos dados do “Key Data on Education 2009: a view on Europe's Educational systems”, que deu origem à original notícia da Lusa com o pomposo anúncio de que os “Professores portugueses em fim de carreira são os mais bem pagos da UE atendendo ao nível de vida do país”, apeteceu-me fazer umas tabelas e comparar números…
 
Tabela 1 – Ordenação por PIB per capita

 
GDP
Min %
Max %
 Luxembourg
99104
94,7
164,6
 Norway
81595
70,3
92,1
 Iceland
69063
68,4
86,9
 Denmark
49182
100,7
119,1
 Sweden
48392
81,4
112,0
 Austria
45292
90,0
190,7
 Finland
44098
104,0
142,4
 Netherlands
43320
95,3
191,2
 United Kingdom
42098
109,7
186,1
 Belgium
41730
110,1
191,1
 France
39727
79,3
187,3
 Germany
38275
122,6
209,1
 Italy
35992
72,2
113,3
 Greece
34074
65,0
112,6
 Spain
29626
132,5
187,6
 Cyprus
28161
72,7
159,2
 Slovenia
20616
113,4
161,7
 Portugal
19115
97,3
282,5
 Malta
17121
47,4
56,7
 Hungary
13178
67,8
150,3
 Czech Republic
12304
53,6
90,5
 Estonia
9112
51,4
75,6
 Poland
8982
37,0
162,6
 Slovakia
8905
50,0
72,2
 Lithuania
7253
42,9
63,0
 Latvia
4744
68,6
71,0
 Turkey
4689
99,0
120,2
 Bulgaria
3347
56,1
69,6
 Romania
3212
61,8
126,8

publicado por pedro-na-escola às 23:32
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Os mais bem pagos da UE

 

Educação: Professores portugueses em fim de carreira são os mais bem pagos da UE atendendo ao nível de vida do país
 
Bruxelas, 16 Julho 2009 (Lusa) - Os professores portugueses em final da carreira são os mais bem pagos da União Europeia atendendo ao nível de vida do país, revela um relatório divulgado hoje pela Comissão Europeia em Bruxelas.
 
A edição 2009 dos Dados Essenciais da Educação na Europa apoia-se na análise de 121 indicadores para dar uma imagem do conjunto das tendências mais recentes (a maior parte dos dados utilizados são de 2006/2007) em matéria de organização e de funcionamento dos sistemas de ensino de 31 países europeus (27 da União Europeia mais Islândia, Liechtenstein, Noruega e Turquia.
 
Se o salário bruto de um professor português no início da sua carreira é de 97,3 por cento do PIB per capita (indicador do nível de vida de um país), essa percentagem aumenta para 282,5 por cento no final dos seus anos de trabalho, de longe o valor mais elevado dos países analisados.
 
Para os professores alemães, o país com maior percentagem depois de Portugal, recebem entre 108,9 (início de carreira) e 209,1 (fim de carreira) por cento do PIB per capita, enquanto em Espanha as percentagens são 115,2 e 187,6, respectivamente.
 
O relatório também sublinha o facto de Portugal (juntamente com a Espanha, França, Grécia e Chipre) ser dos poucos países europeus a dar um "estatuto de carreira" com garantia de emprego "para toda a vida".
 
Ao contrário da maior parte dos países, os professores em Portugal têm uma média de idades baixa, o que, segundo um dos técnicos que apresentou o relatório, irá significar que o país terá menos problemas do que outros na renovação dos quadros, para resolver o problema da partida para a reforma.
 
O estudo também sublinha que Portugal aumentou significativamente a percentagem de participação na escola dos alunos com quatro anos, de 14,5 por cento em 1979/80 para 80,64 em 2005/06.
 
Portugal é um dos poucos países europeus - juntamente com Irlanda, Espanha, Luxemburgo - onde se estima que a população de alunos na primária (cinco a nove anos) aumenta entre 2000 e 2010.
 
Em termos gerais, para toda a Europa, a Comissão Europeia considera positiva a tendência de aumento da participação dos alunos de quatro anos no ensino pré-primário, o aumento significativo do número de estudantes no ensino superior e o aumento do período de escolaridade.
 
FPB.
 
Lusa/Fim
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publicado por pedro-na-escola às 23:11
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Quarta-feira, 15 de Julho de 2009

O jogo dos critérios de correcção

Este ano, fui corrector dos exames nacionais de Matemática do 9º ano. Não querendo inventar muito, eu diria que é possível fazer um estudo prévio de impacte percentual de alguns dos critérios de classificação. Isto é, estatisticamente, consegue-se prever, com alguma óbvia margem de erro, o efeito benevolente de alguns dos critérios. Uns pontinhos aqui, uns pontinhos ali, alargados à escala nacional, traduzidos em percentagem, conseguem fazer subir a taxa de sucesso. Não estou a insinuar que alguém fez este estudo estatístico, ou que há alguma espécie de manipulação algures, mas, considerando a honestidade que eu, a título pessoal, não reconheço na equipa do Ministério da Educação, não consigo evitar pensar como isto é possível.
 
É que, depois de corrigir e classificar os exames, fiquei com a nítida sensação que as provas dos exames nacionais são umas insignificâncias. Não interessa se são fáceis ou difíceis, bem ou mal concebidas. O que faz a diferença, são os critérios de classificação!
 
Paralelamente, parece que, nas reuniões do GAVE com os supervisores, procurou-se não dar espaço para que fossem colocadas muitas dúvidas ou para que se fizessem ouvir vozes (que fora muitas) discordantes e escandalizadas. E o GAVE deu orientações aos supervisores para que, nas suas reuniões com os professores correctores, também não fosse dado espaço para discussão, sendo que as ordens superiores são para cumprir cegamente. Uma série de “complementos” aos critérios de classificação, muitos deles recebidos de boca aberta, foram transmitidos exclusivamente por via oral, não havendo registo escrito (excepto nos apontamentos dos correctores, claro).
 
Quanto à benevolência dos critérios de classificação e dos seus “complementos” orais, houve, de facto, uma tendência crónica para pontuar “raciocínios”, mesmo que as perguntas fossem respondidas incorrectamente. É qualquer coisa do género de pagar a um engenheiro civil por ter feito uma coisa com ligeiras parecenças com uma ponte, só porque tem um tabuleiro e uns pilares, mesmo que não aguente com uma bicicleta e caia à menor rabanada de vento. Chama-se a isto premiar coisas mal feitas, ainda que parecidas. Na Matemática não deveria ser assim, por ser uma disciplina mais objectiva, mas, realmente, a objectividade era apenas para os critérios das perguntas de escolha múltipla.
publicado por pedro-na-escola às 08:46
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Não foi bem 63,8%

Consta por aí que houve 63,8% de sucesso no exame nacional de Matemática em 2009. Que até aumentou, pois no ano passado teria sido apenas 55,1%.
 
Eu diria que não foi bem assim.
 
Ora, numa escola como a minha, cerca de um terço dos alunos do 9º ano frequenta um CEF e, por isso, não fez o exame nacional. Seria de esperar que, caso estes alunos do CEF fizessem o exame nacional do 9º ano, a esmagadora maioria teria negativa. Em 100 alunos, 63,8 tiveram positiva, mas estes 100 alunos não são o total, pois representam, apenas, dois terços dos alunos do 9º ano, ou seja, os que estão no currículo regular. Assim, haveria, ao todo, 150 alunos, 100 no currículo regular e 50 no CEF. Destes 150 alunos, 63,8 teriam sucesso no exame nacional de Matemática, que, em percentagem, corresponderia a 42,5% de sucesso.
 
Mas, não querendo ir tão longe, consideremos que apenas um quarto dos alunos do 9º ano frequenta um CEF. Seguindo o mesmo raciocínio, havendo 100 alunos no currículo regular, haveria um total de cerca de 133 alunos no 9º ano, sendo que apenas 63,8 teriam sucesso no exame nacional, ou seja, cerca de 48% de sucesso.
 
Em linhas gerais, vivemos num país em que, na prática, mais de metade dos alunos que terminam o ensino básico não domina convenientemente a Matemática. Parece que sempre assim foi, embora hoje se consiga disfarçar muito bem.
publicado por pedro-na-escola às 08:18
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