Ontem perdi metade da terceira parte do espectáculo, quando a transmissão via site da RTP saltou do “Prós e Contras” para outra coisa qualquer, assim de um momento para outro, inexplicavelmente. Não ter TV em casa dá nisto.
Sobre o espectáculo em si, sobram-me dois comentários:
1. Perdeu-se uma oportunidade de ouro para, de forma eficaz, dar uma machadada fatal nesta trapalhada de modelo de avaliação, tanto no seu conteúdo, como na sua implementação no terreno.
2. Continuo perplexo com o acontecimento em si – o espectáculo. Ingenuidade ou ignorância da minha parte, não sei, mas acho que tudo aquilo foi muito estranho. Uma ministra, ali, enfiada num estúdio com uma multidão de professores assanhados, ladeada por um desastre universitário e apoiada por meia dúzia de batedores de palmas. Em vários blogs leio que a jornalista e moderadora foi tendenciosa e manobrou o debate a favor da ministra, os meus colegas na escola partilham dessa opinião, mas eu, sinceramente, não vi nada disso. Os professores intervenientes tiveram tempo de sobra para deitarem tudo cá para fora, foi-lhes dada essa oportunidade por várias vezes e, para mim, era quanto bastava. Que jogada da ministra foi aquela? Que foi ela ali fazer, assim, sozinha?