HÁ 1000 NOVOS BONS ALUNOS EM PORTUGAL
Os resultados do projecto da Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social denominado “Mediadores para o sucesso escolar”, que terminou o segundo ano de trabalho no terreno e o primeiro completo de «capacitação para o sucesso escolar», confirmam a aposta feita há cerca de 2 anos:
Em 2007/2008, diagnosticámos com um inovador «sistema de screening de risco» todos os alunos dos 7.º e 8.º anos de escolaridade em 10 concelhos parceiros, tendo sido analisados 20.000 jovens.
Com base nesse «screening», seleccionámos 6.000 jovens, cujos factores de risco escolar apontavam para a necessidade de um apoio de proximidade sistemático e estruturado, que iniciámos ainda em 2007/2008.
Ao longo de 2008/2009, as notas destes 6.000 alunos melhoraram sempre em todos os períodos face ao ano lectivo anterior:
- No 1.º Período, o número de alunos em «zona de aprovação» (ZA = 2 ou menos negativas) aumentou de 19% para 36%, uma variação de +87%.
- No 2.º Período, o número de alunos na «ZA» aumentou de 31% para 39%, uma variação de +25%.
- No 3.º Período, o número de alunos na «ZA» aumentou de 56% para 71%, uma variação de +27%.
O trabalho dos mediadores da EPIS ao longo dos três períodos de 2008/2009 determinou um aumento da taxa de aprovação dos alunos EPIS em 14 pontos percentuais, passando-se de 63% em 2007/2008 para 77% no ano que terminou.
Este resultado positivo absoluto de 14 pontos percentuais na carteira EPIS compara com uma redução do sucesso escolar em 2 pontos percentuais no restante grupo de alunos destes concelhos que não acompanhamos em proximidade, mas que monitorizamos em termos de resultados escolares.
Deste modo, encaramos com enorme confiança o próximo ano lectivo de 2009/2010, na expectativa de que a curva de aprendizagem nos permita superar os resultados atingidos este ano e aumentar a base de cobertura da EPIS a nível nacional, em parceria com o Ministério da Educação e com as Autarquias.
Um aumento percentual dos resultados do 1º período, de um ano para o outro, já me parece algo mais substancial e muito positivo.
Resta saber, já que não reparei nessa informação, de que tipo de alunos estamos a falar. Currículo regular, currículos alternativos ou cursos de educação e formação? Houve alunos a mudar do currículo regular para um dos outros?
Que raio de título é aquele? Há 1000 novos bons alunos? Não percebi a parte dos “bons alunos” na informação estatística fornecida. Parece mais um título altamente conveniente do que um título para o resto da informação.
Já agora, é este o remédio para a Educação em Portugal? Vai abrir um concurso nacional para colocar mediadores em todas as escolas? O que é que aqueles 70 mediadores descobriram ao lidar com 6000 casos de eminente insucesso? Quais foram os “factores de risco” detectados?
O Estado Português parece concordar que a solução para combater os “factores de risco escolar” é remediá-los com mediadores, em vez de ir à raiz desses “factores” e fazer uma intervenção social consequente?
Se Maria de Lurdes Rodrigues defendia tanto que a má prestação dos professores é que estava na origem do insucesso escolar no nosso país, escapa-se-me porque não aproveitaram antes os mediadores para intervirem junto dos professores, de chibata em riste e sobretudo negro?