Mais uma tirada célebre de Maria de Lurdes Rodrigues: "Estão a comprar a paz com os professores por um preço que o país não pode pagar" (in http://economico.sapo.pt/).
Há, aqui, um assumir descarado de que foi pela sua mão que um Governo declarou, propositadamente, guerra aos professores. Aliás, essa foi a estratégia principal. Como se a classe dos professores fosse uma escumalha de inúteis e indesejáveis, alapados ao Estado pelos incómodos vínculos de quadro, a quem urge combater e espezinhar sem dó para salvar a pátria. A mesma escumalha que, vivendo de ideologias retrógradas, acredita que o conhecimento e a cultura são aspectos importantes e fundamentais para a formação dos futuros homens e mulheres desta nação – em perfeita rota de colisão com a Ideologia Sócrates, segundo a qual o importante mesmo é ter uma certificação ou qualificação, mesmo que gratuitamente e sem esforço, a bem de uma estatística que não incomode tanto.
Maria de Lurdes Rodrigues é, portanto, a favor da manutenção desta guerra. Como se ninguém conseguisse fazer melhor que ela! Como se a guerra com os professores fosse mais importante que tudo o resto!
Há gente assim. Doente!